Karlsruher
Começou a jogar futebol aos 17 anos na sua cidade natal e com 18 integrou a equipe júnior do Karlsruher SC. No entanto, Kahn nunca fez a sua carreira a nível de seleções juvenis da Alemanha. A sua estreia na Bundesliga ocorreu quando já tinha 21 anos, mas desde cedo mostrou ser um goleiro promissor. Ao fim de três temporadas, já era considerado um dos melhores do país. Assim, em Outubro de 1993, quando tinha 24 anos, foi convocado pela primeira vez para a Seleção Alemã, embora não tenha chegado a entrar em campo.[1]
Bayern de Munique
No ano seguinte foi convocado para participar da Copa nos Estados Unidos, mas ficou no banco de reservas. Na temporada 1994/95 deixou o Karlsruher para assinar contrato com o Bayern Munique, o mais conceituado clube da Alemanha. A sua transferência foi a mais cara envolvendo um goleiro.
Kahn assumiu logo a titularidade na equipe de Munique, mas em Novembro de 1994 uma lesão obrigou-o a parar por cinco meses. No entanto, mal regressou, encontrou logo a melhor forma e assumiu de novo a titularidade.[2]
Seleção Alemã
Assim, em Junho de 1995, conseguiu finalmente representar pela primeira vez a Seleção da Alemanha, num jogo contra a Seleção Suíça. Na Euro 1996 na Inglaterra e na Copa de 1998 na França, mas acabou ficando na reserva. Só quando o goleiro titular da seleção, Andreas Köpke, anunciou a sua aposentadoria da seleção após a Copa do Mundo de 1998, é que Kahn teve a oportunidade de assumir a titularidade da Alemanha.
Kahn teve a sua melhor fase na carreira em 2000, sendo eleito o melhor jogador do Campeonato Alemão e o melhor goleiro da Europa. Em 2000/01, depois de conquistar pelo Bayern Munique o quarto título Alemão, venceu também a Liga dos Campeões da UEFA.
Na Copa do Mundo de 2002, disputada no Japão e na Coreia do Sul, Kahn conseguiu um feito inédito ao tornar-se o primeiro goleiro da história das copas eleito o melhor jogador da competição. Kahn, em excelente forma, foi o principal responsável pela chegada da Alemanha à final da Copa, mas acabou perdendo para o Brasil. As suas boas atuações o levaram em Dezembro de 2002 a ser eleito pela FIFA o segundo melhor futebolista do ano, atrás do brasileiro Ronaldo.[3]
Na Copa do Mundo de 2006 foi reserva da seleção quase todo o torneio, atuando apenas na disputa do terceiro lugar contra Portugal. Kahn fez uma atuação discreta. O resultado desta partida foi 3 a 1 para a Alemanha.
Segundo o DVD FIFA Fever, que fala sobre a história do futebol, ele é o melhor goleiro de todos os tempos. Sendo considerado o goleiro mais completo da história do futebol.
Fúria, sangue e traição: 11 polêmicas que marcaram a vida de Oliver Kahn.
Oliver Kahn, o goleiro que será sempre lembrado pelos brasileiros por falhar na frente de Ronaldo na final da Copa de 2002, está completando 48 anos. Na verdade, ele foi mais que um goleiro – a liderança dentro de campo e a personalidade instável fizeram dele um ícone nacional e símbolo do futebol alemão. Assim como Manuel Neuer nos dias de hoje, ele era inquestionável na Alemanha. Os dois ganharam tudo no Bayern de Munique, mas Kahn ainda tem mais títulos pelo clube e é recordista em jogos na Bundesliga. Só faltou mesmo uma Copa do Mundo para ele. Em compensação, sobraram polêmicas:..
1. Um dia de fúria...
Seu legado poderia ser resumido em um jogo: o clássico entre Bayern de Munique e Borussia Dortmund, em 1999. Na mesma partida, ele foi capaz de: 1) dar um puxão de orelha em Andreas Möller; 2) tentar morder o pescoço de Heiko Herrlich em uma disputa de bola; 3) voar na direção de Chapuisat com um golpe de kung-fu; 4) defender um pênalti com os pés no fim do jogo, salvando seu time da derrota. Isto é Oliver Kahn....
2. "Tem uma sujeira no seu nariz"
Certamente não foi isto o que Kahn disse para Klose neste dia. O atacante, que jogava no Werder Bremen, irritou o goleiro durante uma disputa de bola. Oliver Kahn partiu pra cima do colega de seleção e foi tirar satisfações com uma dedada no nariz. Sua atitude foi criticada até pelo amigo Sepp Maier, preparador de goleiros na época: "Foi uma estupidez".
3. Fogo amigo-
O meia austríaco Andreas Herzog foi outro que sentiu a fúria de Oliver Kahn. O detalhe é que eles eram companheiros de equipe no Bayern. Durante um jogo contra o Stuttgart na temporada 1995/1996, Herzog perdeu uma bola no meio-campo e armou um contra-ataque para os adversários, que quase marcaram. Kahn se revoltou com a falha e quase derrubou o colega de time com um puxão na gola da camisa. Imagine se ele tivesse sofrido o gol...
4. Passando dos limites ...Noventa dias depois daquela final contra o Brasil na Copa de 2002, Kahn teve seu maior ataque de fúria. A vítima da vez foi Thomas Brdaric, do Bayer Leverkusen, que chutou a bola mesmo depois de ser pego em impedimento. Kahn não gostou e o agarrou pelo pescoço, como se fosse estrangulá-lo. O juiz só deu amarelo para os dois. Mas o goleiro sofreu tantas críticas pela atitude que se ofereceu para deixar o posto de capitão da seleção alemã depois do episódio....
5. Bolada sangrenta...
"Que goleiro, hein? Nem uma bola de golfe passa por ele!". Foi assim que o ex-meia do Bayern, Mehmet Scholl, reagiu ao episódio em que Oliver Kahn foi atingido por uma bola de golfe atirada pela torcida do Freiburg, em 2000. Sangrando muito, o goleiro precisou ser atendido pelos médicos. E, claro, ficou furioso com a situação...
6. Escândalo sexual...
Em 2003, Oliver Kahn passou a frequentar mais baladas e, por consequência, as manchetes dos tabloides alemães. Em uma dessas boates, conheceu a hostess Verena Kerth, de 21 anos. O goleiro largou a sua mulher, que estava grávida, para ficar com a jovem, que ganhou visibilidade e virou capa da Playboy. O namoro nem chegou a durar tanto, mas Kahn foi duramente criticado pela traição. Até mesmo o presidente do Bayern, Uli Hoeness, disse que ficou com "vontade de vomitar" por conta do escândalo.... -
7. Bananas...
Devido ao seu temperamento explosivo, Kahn ganhou os apelidos de "primata" e "King Kahn", um trocadilho com "King Kong". Por conta disso, torcedores adversários costumavam bananas em direção a ele durante os jogos do Bayern....
8. Língua solta...Kahn fala o que pensa, e sofreu as consequências disto em 2007, quando ainda jogava no Bayern. Depois de criticar o desempenho de Franck Ribéry e Luca Toni e responsabilizá-los pela má fase do time, Kahn foi punido pelo clube. Além de ser suspenso por um jogo, ele teve que pagar uma multa de 25 mil euros....
9. Sonegação...Kahn também teve que pagar uma multa salgada quando foi acusado pelo fisco alemão de não declarar mais de 6 mil euros em roupas de luxo trazidas de uma viagem a Dubai, nos Emirados Árabes. Ele foi condenado a pagar uma multa de 125 mil euros (R$ 460 mil)...
10. Cristiano Ronaldo... Oliver Kahn parou de jogar em 2008, mas segue dando o que falar. Um dos alvos preferidos de suas declarações ácidas é o craque português Cristiano Ronaldo. Comentarista na TV alemã durante a Eurocopa, o ex-goleiro disse que o astro foi "discreto" no empate contra a Islândia e disparou: "Quando um jogador vai ficando velho, ele tem que perceber a passagem do tempo. É chato ver sempre a mesma imagem, essa exaltação, esse protagonismo". Antes, ele já havia dito que "vê mais o abdômen de CR7 do que os seios da mulher"...
11. Rivalidade com Lehmann...
Na Copa de 2006, Kahn perdeu a titularidade da seleção alemã para Jens Lehmann, que estava no banco do Arsenal. "Um reserva não deveria ser titular da seleção", alfinetou Kahn. Lehmann não deixou barato e lembrou até do relacionamento extraconjugal do colega: "Eu não tenho uma namorada de 24 anos. Levo uma vida diferente". No fim, os dois acabaram se entendendo, e Kahn surpreendeu a todos ao ajudar Lehmann com dicas na disputa de pênaltis contra a Argentina naquele Mundial.... -
BÔNUS:
O lado carinhoso da fera ... Oliver Kahn ficou marcado pelos seus ataques de fúria, mas também teve seu momento fair play na final da Liga dos Campeões em 2001, contra o Valencia. Depois de pegar o pênalti que selou a vitória na disputa por pênaltis, Kahn não comemorou. Primeiro, foi consolar o goleiro adversário, o espanhol Santiago Cañizares, que tinha perdido a mãe no mesmo dia. "Cañi, sua mãe está assistindo e está orgulhosa por ter criado um goleiro lendário", teria dito o alemão.
FONTE UOL
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