Paris Saint-Germain Football Club
O Paris Saint-Germain Football Club, também conhecido como Paris Saint-Germain ou pela sua sigla "PSG", é um clube de futebol profissional da França, com sede em Paris. As suas cores são as cores tradicionais da cidade de Paris, o azul e o vermelho, e de Saint-Germain, distrito nos arredores de Paris, branco. O clube teve origem em 1970, a partir da fusão entre Paris Football Club, criado um ano antes, e do Stade Saint-Germain, fundado em 1904.
A liga nacional na qual a equipe compete é a Ligue 1, da França, atuando como mandante no Estádio Parc de Princes. Foi eleito o melhor clube da França pela FIFA.[carece de fontes]
Em 2011, a equipe foi comprada pela QSI (Qatar Sports Investment), um fundo de investimentos ligado ao governo do Catar, e seu CEO, Nasser Al-Khelaïfi, se tornou presidente do clube.[1]
Chegou a sua primeira final de UEFA Champions League na temporada 2019–20,[2][3] após derrotar o clube alemão RB Leipzig pelo placar de 3 à 0, em jogo ocorrido no Estádio da Luz, em Lisboa.
História
Nascimento
O Paris Saint-Germain foi fundado em 12 de agosto de 1970 na sequência de uma iniciativa de vinte mil torcedores de futebol que queriam que Paris tivesse uma grande equipe. Para começar este projeto foi feita uma parceria com o Saint-Germain-en-Laye, que em 1970 subiu à II Liga Francesa.
Na temporada de estreia, o Paris Saint-Germain ganhou o campeonato da II Liga, assim subindo à I Liga francesa. Nessa equipe jogava o português Fernando da Conceição Cruz.
Na sua primeira temporada na I Liga (1971-72), o clube ficou na 16ª posição, numa temporada marcada pelas disputas internas entre jogadores amadores e profissionais. Estes conflitos levaram a uma separação no clube, em maio de 1972, entre o Saint-Germain e os parisienses. Estes últimos juntaram-se ao CA Montreuil e permaneceram na I Liga com o antigo nome de Paris Football Club. Os germanois mantiveram o nome Paris Saint-Germain mas foram relegados, para a III Liga. Em 1973 o clube tornou-se profissional e na temporada 1973/1974 subiu à I Liga, na temporada em que o Paris FC desceu para a II Liga.
Ao longo dos anos começou a chegar regularmente aos lugares da frente do campeonato. O primeiro troféu chegaria em maio de 1982 com a conquista da Taça de França. O Paris Saint-Germain venceu o Saint-Étienne nessa final repetindo o feito na temporada seguinte, desta vez contra o Nantes. O primeiro campeonato foi ganho na temporada 1985-86, graças a uma equipe com muitas estrelas como Joël Bats, Safet Sušić, Luis Fernández e Dominique Rocheteau.
No ano seguinte ficaram em 7º e 1987-88 ficaram em 15º, a 2 pontos da zona de rebaixamento. O clube estava em crise e os anos 90 estavam vindo.
Melhor época
O ano de 1991 foi marcante para o clube, que passou a ser patrocinado pelo canal privado de televisão Canal+, além da administração de Michel Denisot. Foram feitos grandes investimentos na equipe que passou a ser treinada pelo português Artur Jorge, cujo objetivo era a reconquista do campeonato em três anos, o que foi atingido na época 1993-94 com jogadores como os brasileiros Raí, Valdo e Ricardo Gomes, o liberiano George Weah e o francês David Ginola. Na liga dos campeões de 1994-95 ganhou todos o jogos da fase de grupos, e chegando até as semifinais perdendo no agregado por 3x0 do Milan e também ganhou uma Copa da França e uma Copa da Liga. Em 1996 o Paris Saint-Germain passou a ser treinado pelo antigo jogador Luis Fernández, jogadores essenciais também saíram, Ginola, George Weah, etc. Mesmo assim conquistou a Taça das Taças ganhando ao Rapid Viena. Em 1996-97 foi vice da Taça das taças perdendo para o Barcelona na final. Em 1997-98 ganhou Copa da frança, copa da liga e a supercopa.
Do luxo ao lixo
Após a saída do Michel Denisot, Charles Bietry, vendeu jogadores essenciais para a era de ouro e investiu em jogadores que não renderam, como N. Quédec e Jay-Jay Okocha que custou 12,40 Milhões de euros. 1998-99 Terminaram em 9º lugar na Ligue 1 e na Taça das taças perderam por 4x3 no agregado para o Maccabi Haifa(Israel).
Após a compra do Ronaldinho em 2001, na temporada 2002-03 ficaram em 11º lugar e perderam a copa da frança pelo Auxerre
Em 2003-04 foram vice da Ligue 1 e campeões da copa da França.
Após o fim da parceira com o canal+, uma nova crise se instalou.
A compra
Em junho de 2011 o clube foi comprado por um fundo de investimento do Catar, QSI (Qatar Sports Investments), empresa fechada subsidiária da QIA (Autoridade de Investimentos do Catar) que é um órgão governamental especializado em investimentos nacionais e internacionais e que visa fortalecer e diversificar a economia do Catar.[4] Desde então o CEO da QSI, Nasser Al-Khelaifi, se tornou presidente do clube e a equipe passou a fazer grandes contratações, começando na janela de transferência de verão da temporada 2011-12. Nomes como o argentino Javier Pastore, que era do Palermo e muitos outros destaques do Campeonato Francês eram dados como possíveis contratações do Paris Saint-Germain.
Em janeiro chegaram ao clube os brasileiros Alex, vindo do Chelsea, Maxwell, vindo do Barcelona e Thiago Motta, vindo da Internazionale de Milão e que se naturalizou italiano, o Paris Saint-Germain tornou-se o maior investidor dentre todos os clubes da Europa daquela temporada, os outros clubes foram prejudicados pela grave crise econômica vivida no continente na época.
Para a temporada 2012-13, o clube se reforçou ainda mais, trazendo astros como Ezequiel Lavezzi que veio do Napoli, Thiago Silva e Zlatan Ibrahimović, os dois últimos vindos do Milan. Próximo ao fechamento da janela, trouxe ainda o jovem meia brasileiro Lucas Moura, destaque do São Paulo naquele ano, esta foi a mais cara transação na história do futebol brasileiro, por 43 milhões de euros (pouco mais de 108 milhões de reais). No início de 2013, contrataram o experiente meia inglês David Beckham, que estava jogando pelo Los Angeles Galaxy dos Estados Unidos, Beckham jogou pouco no PSG (14 jogos e nenhum gol), mas valeu a contratação pelo marketing, a venda de camisas do Paris Saint-Germain ultrapassou pela primeira vez a do Olympique de Marseille com a vinda do britânico e do sueco Zlatan Ibrahimović na temporada 2012-13. Com essas contratações o Paris Saint-Germain mostrou que veio brigar entre os grandes da Europa.
Escudo
O primeiro emblema do Paris Saint-Germain era basicamente o mesmo que o logotipo original do Paris FC (PFC). Tendo que se fundir e dar à luz o clube usando o estádio Stade Saint-Germain, o brasão do PFC manteve seu design original, mas o nome abaixo mudou de "Paris FC" para "Paris Saint-Germain Football Club". Este emblema consistia em uma bola de futebol azul com um navio vermelho dentro dela. Este último é um símbolo histórico de Paris e está presente no brasão da cidade. O nome do clube estava escrito abaixo em vermelho. O PSG, no entanto, se separou do PFC em 1972 e, portanto, precisava de uma novo emblema.
Representando Paris e Saint-Germain-en-Laye , o segundo escudo do clube se tornou a base daquele que os fãs conhecem hoje. O logotipo redondo apresentava a Torre Eiffel em vermelho contra um fundo azul com dois símbolos de Saint-Germain em branco entre suas pernas: uma flor-de-lis e o berço de Luís XIV. Este brasão foi criado por Christian Lentretien, ex-membro do conselho do PSG e publicitário de profissão, em 1972. Foi usado pela primeira vez até 1982.
O Parc des Princes, estádio do clube, foi adicionado abaixo do escudo em 1982 e durou até 1990. Após um breve retorno do emblema tradicional entre 1990 e 1992, os ex-proprietários do Canal + mudaram radicalmente em 1992. O novo modelo tinha a sigla "PSG" em branco contra um fundo azul-branco-vermelho-branco-azul (como o padrão de cores da camisa Hechter) com "Paris Saint-Germain" por baixo em branco contra um fundo preto.
Sob pressão dos apoiadores, o tradicional brasão voltou em 1995 com "Paris Saint-Germain" acima da torre e "1970" abaixo do berço. Este logotipo passou por uma pequena reformulação em 2002. A pedido dos proprietários do clube, no Catar, o brasão tradicional passou por uma grande reforma em 2013. "Paris" agora está escrito em grandes letras brancas em negrito acima de uma grande Torre Eiffel, claramente apresentando a marca “Paris” em vez de “Paris Saint-Germain”. Abaixo dele, “Saint-Germain” está escrito em letras menores abaixo da flor-de-lis. Em contraste, o berço e o ano de fundação do clube "1970" foram deixados de fora. Vice-gerente geral do PSG, Jean-Claude Blancdisse: “Somos chamados de Paris Saint-Germain, mas, acima de tudo, somos chamados de Paris.”
Cores e uniforme
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O Paris Saint-Germain utilizou principalmente a cor branca até 1970 quando se chamavam Saint-Germain-en-Laye e também, na sequência da fusão com o Paris FC, o clube adotou as cores azul e vermelho de Paris associadas com o branco dos sangermanois. A primeira camisola do PSG, em 1970, era vermelha com calções brancos e meiões azuis. As cores branca e azul são utilizadas na gola e nas mangas respectivamente. O escudo do clube é colocado sobre o coração. Em 1970-1971 o logotipo do fabricante (Le Coq Sportif) normalmente não é visível (alguns são flocados na camisola, outros não), enquanto a época seguinte, o logotipo do equipamento esportivo é sempre visível. Outra variação em relação à camisola da última temporada que foi utilizada entre 1971-1973, passa agora a ser uma gola em V azul. Do mesmo modo, as mangas azuis, o calção branco e meiões azuis permaneceram inalteradas.
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O designer Daniel Hechter entrou no clube em maio de 1973 e desenhou uma camisola que se tornou um símbolo do clube. É constituída por uma camisola é azul com uma barra vertical central vermelha emoldurada por listras brancas em volta. Esta camisola que se diz "histórica" foi exibida a partir da temporada 1973-1974 na segunda divisão. As cores azul e vermelho mudaram e o tamanho do vermelho na listra central também. Esta camisola está ainda em uso até hoje, mas tem havido muitas tentativas de alteração, rejeitada por todos os adeptos. Foi utilizada uma combinação inversa, camisola vermelha com listra central azul e listras brancas em volta, calção e meiões vermelhos foram utilizados como uniforme principal na temporada 1974-1975.
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Francis Borelli, o sucessor de Daniel Hechter, foi o primeiro a tentar substituir a camisola estilo "Hechter", tratava-se de uma camisola branca com duas listras à direita na vertical, uma vermelha e outra azul, juntamente com calção e meiões brancos. Essa combinação foi utilizada como segundo uniforme de 1978-1981, sendo promovido à primeiro uniforme de 1981-1990, enquanto a versão "Hechter foi relegada à categoria de segundo uniforme até 1987. Em 1990, uma versão branca com uma Torre Eiffel estilizada em vermelho e azul foi utilizada. Esta camisola ainda foi utilizada em duas temporadas e previu a transição entre a era da época de Borelli para Canal+. Em 1992-93, o clube adota uma camisola branca com mangas azuis e detalhes vermelhos nos punhos e na gola, calção e meiões brancos.
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O branco foi abandonado em 1993 por uma camisola predominantemente vermelha e azul com barras verticais nas laterais. Apelidado de "cobertura" pelos fãs, esta camisola é rapidamente substituída em 1994 por uma réplica da versão "Hechter". Houveram várias variações, mas as cores permaneceram as mesmas até 2000. Nessa altura, o azul-marinho torna-se mais branco e as fronteiras desaparecem, provocando a ira dos adeptos. Ignorando as exigências dos seus adeptos, o clube continua a mudar o equipamento em 2001, reduzindo drasticamente a largura da listra vermelha, que acaba por ser deslocada à esquerda. Em 2002, os brancos das fronteiras reaparecem. Esta camisola é mantida três temporadas. Em 2005, volta a camisola "histórica", para deleite dos fãs.
A segunda camisola foi principalmente branca antes de 1981 e após 1993, entre estas duas datas, a camisola "histórica" foi usada como tal. Note o uso de uma camisola cinza e branco (1999 a 2001) e uma camisola cinza em 2001-02, uma camisola vermelha em 2004-2005 e um foquete jersey, no período 2006-07, Como uma segunda jersey.
A Le Coq Sportif forneceu o material de 1970 até 1975, em seguida Kopa assumiu na temporada 1975-76, antes de retornar para Le Coq Sportif em 1976-1977. A Pony forneceu ao PSG em 1977-1978, mas Le Coq Sportif recuperou o contrato do PSG de 1978 a 1986. Adidas, então dona de Le Coq Sportif, tornou-se o fornecedor do clube por duas temporadas até 1989, quando o PSG assinou com a Nike.[13] O PSG já utilizou uniformes de duas marcas esportivas em uma mesma temporada. Durante a temporada 2002/03 e 2003/04, o PSG utilizava camisa da Nike, em partidas da Ligue 1 e da Champions League. No entanto, quando os jogos eram válidos pela Copa da França, o clube utilizava uma camisa assinada pela Adidas, que curiosamente trazia o mesmo desenho do kit feito pela Nike, com a mudança de patrocinadores, logotipo e o acréscimo das três listras nos ombros.
Isso acontecia porque até a temporada 2005/06, a Federação Francesa de Futebol tinha contrato com a Adidas, e uma das cláusulas era a de que os clubes deveriam utilizar uniformes feitos pela marca para disputar a competição, regra essa que não parece ter nenhum sentido hoje em dia onde os principais clubes ganham fortunas para deixar que uma uma fornecedora fabrique seus uniformes.[
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