Jogou em times lendários como o Corinthians da década de 50, o Santos da década de 1960 e na Seleção Brasileira bicampeã do mundo. Gilmar possui o privilégio de ter sido "campeão de tudo" em sua época, devido ao fato de ter ao menos um título em cada competição que disputou. Também era conhecido por ter usado, durante a Copa do Mundo de 1958 na Suécia, a camisa n° 3 na seleção. Faleceu em São Paulo em 25 de agosto de 2013 em consequência de um AVC.[3]
Foi a inspiração do que é considerado o maior goleiro de todos os tempos, Lev Yashin.
Carreira
Clubes
Gilmar veio do Jabaquara para o Corinthians, seu primeiro grande clube, por um acaso. Na verdade, os dirigentes do clube paulistano queriam outro jogador do clube santista, o meio-campista Ciciá, que o Jabaquara só aceitou vender se o clube levasse Gilmar de contrapeso.
O seu início no Corinthians, foi um tanto complicado, pois foi considerado o principal culpado pela derrota por 7 a 3 (25 de novembro de 1951) contra a Portuguesa de Desportos pelo Campeonato Paulista. Depois de quatro meses voltaria a defender a meta alvinegra, para se consagrar campeão paulista. Durante seus dez anos de Corinthians, conquistou os títulos do Torneio Rio-São Paulo de 1953, 1954 e Pequena Taça do Mundo, os Campeonatos Paulistas de 1951, 1952 e 1954, este último no qual festejava-se o IV centenário da cidade de São Paulo e foi condecorado com o título de "supremo guardião do campeão do quarto centenário".
É considerado o melhor goleiro da história do Corinthians.
Em 1961, após dez anos, ele se despediu do Corinthians, em meio a brigas com o presidente Wadih Helou, que o acusava de corpo mole durante os primeiros anos de fila do clube paulistano. Seguiu sua trajetória no Santos FC, onde permaneceu até 1969. Foi uma fase muito vitoriosa, conquistando os Campeonatos Paulistas de 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968, as Taças Brasil de 1962, 1963, 1964 e 1965, as Taças Libertadores da América de 1962 e 1963, os Taça Intercontinental de 1962 e 1963, os Torneios Rio-São Paulo de 1963, 1964 , e 1966 , o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968 e, a Recopa dos Campeões Intercontinentais de 1968.
Seleção Brasileira
Gilmar estreou na Seleção Brasileira em 1 de março de 1953, na vitória de 8 a 1 sobre a Bolívia, válida pelo Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), disputado no Peru. Assim como nos clubes em que passou, Gilmar também fez história na Seleção do Brasil. Em 1958, ajudou a Seleção Brasileira a conquistar a sua primeira Copa do Mundo. Em 1962, repetiu o feito conquistando sua segunda Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Em 1966, Gilmar também estava lá. Porém, ele não teve a mesma glória de 1958 e 1962, embora tivesse jogado duas partidas, e mais tarde seria substituído por Haílton Corrêa de Arruda, o Manga. Gilmar jogou pela Seleção Brasileira até 1969, sendo a vitória de 2 a 1 contra a Inglaterra, em 12 de junho, num amistoso disputado no Maracanã, sua última partida pela seleção.
Homenagens
Jabaquara, Corinthians, Santos e a FIFA homenagearam Gylmar em seus sites oficiais.
Títulos
- Corinthians
- Troféu Bandeirante 1954
- Taça dos Invictos 1956, 1957
- Taça Prefeitura Municipal de são paulo 1953
- Torneio de Brasília 1958
- Torneio Internacional Charles Miller Brasil, 1955
- Copa do Atlântico 1956
- Campeonato Paulista: 1951, 1952, 1954
- Torneio Rio-São Paulo: 1953 e 1954
- Pequena Taça do Mundo: 1953
- Seleção Brasileira
- Santos
- Campeonato Paulista: 1962, 1964, 1965, 1967, 1968
- Campeonato Brasileiro: 1962, 1963, 1964 , 1965 e 1968
- Taça Libertadores da América: 1962 e 1963
- Taça Mundial Interclubes: 1962 e 1963
- Torneio Rio-São Paulo: 1963, 1964¹ e 1966²
- Recopa dos Campeões Mundiais: 1968
(1): dividido com o Botafogo;
(2): dividido com o Botafogo, o Corinthians e o Vasco da Gama.
Prêmios
- Em 1966 ganhou o Prêmio Belfort Duarte, que homenageava o jogador de futebol profissional que passasse dez anos sem sofrer uma expulsão, tendo jogado pelo menos 200 partidas nacionais ou internacionais.
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