Ronaldo Soares Giovanelli- 1,90m(São Paulo, 20 de novembro de 1967) é um ex-futebolista , cantor , compositor e comentarista esportivo brasileiro. Atuou como goleiro do Corinthians por 10 anos consecutivos, destacando-se e se mantendo em alto nível durante todo o período no Sport Club Corinthians Paulista, onde é considerado o melhor goleiro tecnicamente a ter atuado na posição na história do clube. Trabalha atualmente nos programas Jogo Aberto e Os Donos da Bola, ambos da Rede Bandeirantes e o Baita Amigos do canal BandSports, e comentarista na Rádio Transamérica 100.1 de SP, Ronaldo marcou sua trajetória como goleiro do timão pela sua segurança, técnica, agilidade, identidade Corintiana, raça, vontade de vencer, mas também refém de uma personalidade forte e explosiva que lhe renderam 16 cartões vermelhos e várias situações que lhe afastaram da camisa 1 da Seleção Brasileira.
Biografia
Carreira Futebolística
Corinthians
Ronaldo começou sua caminhada no futebol em 1979, quando passou em uma peneira realizada no Corinthians. Com o treinador Jair Pereira, fez sua estreia como profissional no dia 7 de fevereiro de 1988, num amistoso contra o São José, que terminou empatado com placar mínimo. Era o terceiro goleiro do time, em uma época em que o Corinthians contava com Carlos e Valdir Peres.
Com Valdir Peres dispensado e Carlos ainda se recuperando de uma lesão no tornozelo (e recém chegado da seleção), Ronaldo foi escalado para a estreia do clube do Parque São Jorge no Campeonato Paulista, quando defendeu um pênalti do ídolo são-paulino Dario Pereyra.[2]
O grande goleiro Carlos o até então camisa 1 da Seleção Brasileira antes de ser vendido para a Turquia, perdeu a titularidade para Ronaldo que a os 20 anos, herdou a camisa 1. Como titular devido a belíssimas atuações importantes antes e depois da titularidade absoluta, principalmente nos dois jogos da final do Paulista 1988 contra o Guarani, quando o Corinthians conquistou seu 20º título paulista, foi possível a venda de Carlos sem receio ou dúvida da nova revelação do terrão. No Brasileiro de 1988 naquele mesmo ano, Ronaldo destacou-se como maior pegador de pênaltis do campeonato em que não havia empates, indo diretamente para desempate nos pênaltis.[2]
Foi fundamental nos Campeonatos Brasileiros de 1990 (vencido pelo Corinthians), quando era uma das únicas estrelas da equipe ao lado de Neto, Muito ágil e dono de um reflexo apurado Ronaldo foi sempre jogador fundamental nos 10 anos em que defendeu o Corinthians, sendo jogador fundamental dentro e fora de campo e ajudando na conquista de títulos como em sua atuação impecável nos jogos finais do Brasileirão 1990, em 1994, quando sucumbiu com o time do Corinthians na final contra o Palmeiras, mesmo assim saiu como melhor jogador em campo na partida final . Em ambas as edições foi Bola de Prata da Revista Placar. Em 1997 foi o único que se salvou no time quase rebaixado no Brasileirão, com ótimas defesas foi fundamental p/ evitar a queda do time.[2]
Ronaldo é o terceiro jogador com mais partidas pelo Corinthians, 602, perdendo apenas para Wladimir e Luizinho, sua saída precoce decorrente de uma situação de não reconhecimento técnico resultou na mudança de clube mesmo tendo o timão no coração, infelizmente Ronaldo saiu. No equipe alvinegra conquistou os Campeonatos Paulistas de 1988, 1995 e 1997, o Campeonato Brasileiro de 1990, Supercopa do Brasil de 1991 e taça da Copa Bandeirantes 1994 e a Copa do Brasil de 1995, cuja final é lembrada pelas atuações memoráveis do goleiro Líbero que fechava o gol e abria o jogo devido a sua técnica também com a bola nos pês, Ronaldo e companhia foram decisivos. Seu único titulo Internacional foi no País da Espanha em Cádiz; Troféu Ramón de Carranza, 1996. Ronaldo não sofreu gol e teve mais uma vez grande destaque na conquista. Deixou o clube no início de 1998, não tendo o seu vínculo renovado pela diretoria a pedido do então recém-contratado técnico Vanderlei Luxemburgo.[3]
É considerado, junto com nomes como Rivelino, Sócrates, Wladimir, Neto, Cássio e Marcelinho Carioca, um dos maiores ídolos e um dos melhores goleiros da história do Corinthians.[4]
Outros Clubes
Após deixar o Corinthians, Ronaldo foi contratado pelo Fluminense para ajudar o clube na disputa da 2a divisão do Brasileiro daquele ano[5]. Depois disso, ainda teve passagens por Cruzeiro (onde ganhou o seguinte cântico da torcida: “Ô Ronaldo, Ronaldo metaleiro/Vê se fecha o gol pra torcida do Cruzeiro”), Internacional de Limeira, Portuguesa, Ponte Preta, Gama, ABC Futebol Clube, Metropolitano e Portuguesa Santista, onde disputou os Campeonatos Paulistas de 2005 e 2006, e posteriormente encerrou sua carreira.
Seleção Brasileira
Ronaldo chegou a ser convocado várias vezes para a Seleção Brasileira por Paulo Roberto Falcão, que assumira o cargo após a Copa do Mundo de 1990 onde foi o segundo goleiro da seleção na Copa América de 1991. Falcão fracassou na função e logo foi substituído por Carlos Alberto Parreira, que não simpatizava muito com Ronaldo Por ser um jogador de temperamento muito forte que por muitas vezes criticava arbitragem, era expulso e discutia forte com seus companheiros de equipe, Ronaldo nunca teve uma real chance na seleção brasileira, mesmo sendo o melhor goleiro do Brasil de 1990 a 97 e sempre estando em grande fase. Em 1993, diante da impossibilidade de convocar os dois goleiros de sua preferência (Taffarel e Zetti) para um amistoso contra a Alemanha, Parreira se viu obrigado a convocar o então corintiano para a partida. Ronaldo atuou como titular na derrota da seleção do Brasil por 2 x 1, mas com a convocação mista Ronaldo ainda se destacou defendendo cara a cara contra o atacante Klinsmann, mas depois dessa ocasião, Ronaldo só voltou a ser lembrado para a Seleção Brasileira depois da Copa do Mundo 1994, daí então coincidi-o com a data de seu casamento, o que causou sua desistência de participar do amistoso da Seleção do Brasil encerrando de vez suas chances de novas convocações com aquela comissão técnica.
Estilo e Características
Ronaldo, desde muito cedo, conquistou a fama de temperamental, o que o impediu de realizar o sonho de disputar uma Copa do Mundo. Tentou mudar sua conduta, mas não conseguiu amenizar seu forte temperamento explosivo. Mesmo jogando na posição de goleiro, um senhor goleiro por sinal, Ronaldo tinha uma grande técnica também com a bola nos pês, por várias vezes proporcionou lances de alta categoria até mesmo p/ jogadores de outras posições, driblava constantemente seus adversários e nunca foi desarmado nessas jogadas ousadas para um goleiro, tinha forte domínio, lançava com ambas as pernas as vezes de trivela, gostava de defesas espetaculosas e algumas vezes matava no peito chutes de longa distancia, em 1993 contra o Flamengo pelo Brasileirão fez dois lances marcantes um contra o até então adversário Marcelinho Carioca que nesse ano ainda defendia o time da Gavia, depois de defender uma bola na cara do gol Ronaldo saiu da área na disputa conta Marcelinho desarmando com um carrinho preciso usando uma perna só tomou a bola e saiu jogando com uma categoria inigualável para um goleiro Brasileiro da aquela década, não satisfeito ainda chega quase no meio de campo para concretizar com uma lançamento médio de canhota no pé de seu companheiro de equipe.
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